quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lucas Foresti fez dois dias de testes na GP2

Barcelona - Espanha, 31 de outubro de 2012
At. Editoria de Esportes | Veículos | Automobilismo
World Series By Renault - WSR

No carro da equipe Caterham Racing brasileiro voltou a acelerar no circuito de BarcelonaLucas Foresti barcelona caterham

 

Uma semana após ter iniciado os seus testes de inverno na World Series o piloto brasileiro Lucas Foresti (BREDA | PIRACICABANA CARGAS) foi convidado pela equipe Caterham, da GP2 Series, para fazer dois dias de testes no carro da equipe. Feliz pelo convite o jovem de Brasília aceitou de imediato e, novamente, se dirigiu ao Autódromo de Barcelona, na Espanha, para conhecer este novo equipamento.

Com total apoio da equipe e tendo como companheiro o experiente piloto Alexander Rossi, Lucas teve pela frente dois dias de diferentes condições de pista o que lhe permitiu, de certa forma, conhecer o carro em situações de pista seca, molhada e úmida, quando teve de andar com pneus slick em um piso pouco aderente.

Em situações diferentes criadas pelos engenheiros e técnicos da equipe o piloto foi colocado à prova em condições extremas como um simulado de corrida e simulado de classificação. Em outra situação lhe forneceram um carro fora das melhores condições para que pudesse informar aos engenheiros as reações que lhe incomodavam e, mais do que isso, pudesse indicar com precisão o que poderia ser feito para melhorar.

Ao final da sessão desta quarta feira, Lucas teria condições de ter finalizado o texto entre os cinco mais velozes. Porém, uma bandeira vermelha em sua volta mais rápida, lhe impediu de finalizar a volta com o tempo que desejava. De qualquer maneira, o piloto se sentiu satisfeito pelo desempenho e pelo aprendizado.

“Estou muito contente com a oportunidade de ter testado um carro da GP2. Quero agradecer à equipe Caterham, aos meus patrocinadores, familiares e todo o staff que me permitiu chegar até aqui. Foram dias intensos, de muito trabalho e desenvolvimento e tenho certeza que, não fossem as bandeiras vermelhas, poderia ter finalizado com tempos de volta realmente excepcionais. A equipe Caterham traz para a GP2 uma estrutura e sistema de trabalho semelhante ao que eles utilizam na F-1 e, realmente, fiquei muito bem impressionado com o time”, comentou o piloto brasileiro.

Piloto brasileiro testou em várias condições de piso.

Lucas Foresti barcelona Caterham 2

Phill Spencer, chefe da equipe Caterham Racing, comentou: “Estou muito satisfeito com o desempenho do Lucas nas diferentes condições de pista que tivemos nestes dois dias. Ontem com a pista seca não tivemos problemas e ele conseguiu andar muito. Hoje, devido à forte chuva, ele andou menos e, infelizmente, em suas duas voltas rápidas, com pneus novos, foi prejudicado com bandeiras vermelhas que lhe impediram de registrar um tempo melhor. Em sua melhor volta, pelas marcas estabelecidas no setor 1 e no setor 2, certamente teria teria finalizado o dia entre os cinco melhores da pista”.

Já o chefe dos engenheiros da equipe Caterham, o experiente Humphrey Corbett, destacou a evolução do piloto brasileiro. “Nós tivemos um cronograma de testes bem pesado nestes dois dias e conseguimos concluir sem incidentes. Estou satisfeito porque ontem o Lucas conseguiu dar muitas voltas e trazer muita informação para nós. Hoje, em condições de pista muito complicadas, com chuva e depois seco, ele se mostrou rápido. Infelizmente ele não conseguiu finalizar as voltas rápidas com os dois jogos de pneus, pelas bandeiras vermelhas, mas se mostrou muito rápido mesmo sem nunca ter andado neste carro”, encerrou.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Lucas Foresti irá promover mundialmente a Copa do Mundo FIFA 2014


Projeto ACELERA BRASIL, de autoria da Avantgarde Brasil, recebeu a chancela do Governo Brasileiro;

Na última quinta-feira, dia 27, enquanto o piloto brasileiro Lucas Foresti (RADIEX | BREDA | PIRACICABANA CARGAS), que compete na World Series by Renault, se preparava para a penúltima rodada do campeonato, sua equipe de marketing e comunicação conseguiu uma grande vitória junto ao Governo Brasileiro.
Na sede do Ministério do Esporte, em Brasília, o projeto denominado ACELERA BRASIL, de autoria da Avantgarde Brasil, empresa de marketing que cuida da carreira de Foresti, recebeu a chancela do Ministério do Esporte como um dos projetos que irá promover o país tendo como interação principal a Copa do Mundo FIFA 2014. O projeto foi selecionado na chamada pública do Plano de Promoção do Brasil. O projeto poderá integrar ações de promoção desde já até a realização do Mundial de 2014.
O diretor da Avantgarde Brasil, Luiz Arruda, recebeu o diploma com a chancela das mãos do ministro Aldo Rebelo e do secretário executivo Luis Fernandes que, pessoalmente, parabenizaram e destacaram a diversidade cultural do país traduzida através da interação dos esportes.
“Esse esforço de promoção e de valorização da Copa ajuda a manter a unidade do país e, ao mesmo tempo, valorizar a variedade imensa que temos. Essa iniciativa torna a Copa ainda mais rica, com a expressão geral do nosso povo. Sei que o Brasil vai receber o mundo não apenas com um Mundial organizado, mas também alegre, inventivo e criativo”, disse o ministro.
“O projeto selecionado expressa a variedade e a riqueza cultural da sociedade brasileira. É um esforço nacional com múltiplas parcerias para explorar ao máximo as oportunidades que a Copa oferece para consolidar a imagem do Brasil num outro patamar no cenário mundial”, disse o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes.
O principal objetivo do ACELERA BRASIL, único projeto automobilístico aprovado, será o de promover mundialmente o Brasil através de ações ligadas ao automobilismo e relacionando-o com o futebol. Uma maquete em escala real do carro de Foresti será exposto em locais de grande circulação em 14 países até o início da Copa, além de ações promocionais nas pistas por onde passa a World Series. Nestes eventos de competição será montado um “Padock Brasil” onde serão mostradas as belezas e oportunidades de negócios de nosso país ao empresariado e formadores de opinião de cada local.
“O povo brasileiro terá nestes dois anos que faltam para a Copa uma chance única de mostrar ao mundo cada pedacinho do Brasil. De minha parte estou muito feliz por poder, de certa maneira, receber este status de “embaixador” de nosso país e mostrar que, assim como o futebol o automobilismo também é uma grande paixão nacional”, ressaltou Foresti, direto de Paul Ricard, na França.
O projeto ACELERA BRASIL será apresentado na íntegra na próxima semana, em São Paulo, em um evento que reunirá a imprensa assim como investidores e formadores de opinião de vários setores da sociedade brasileira.
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Fotos: Flávio Quick - Divulgação
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SEGUUUUUUUUUUUURA O ITALIANO!


Devido a estar trabalhando, estou sem tempo, sem contar que o texto está imenso, por isso vou dividir em partes, sem contar que comecei a escrever este texto durante a Paralimpíada, portanto, tá um pouco atrasado. 

Eu ia falar sobre outro tema, mas não tenho como sair do que estamos vendo atualmente... o mundo aplaude Alessandro Zanardi.
E é com a emoção a flor da pele que o blog "Volta Voadora" faz uma singela homenagem ao eterno campeão, ao Papa-Léguas, ao senhor Donuts, o homem que deixava Téo José louco e gritava "SEGUUUUUUUUUUURA O ITALIANO"... Alex Zanardi.

Se você está em Urano, ou pelas redondezas do Sistema Solar, sabe que estamos em ano olímpico, e também sabe que estamos na Paralimpíada, mas se você é do tipo que acompanha a novela das 21hs religiosamente e esquece do mundo, não sabe e nem faz a menor ideia de quem é Zanardi, pois bem, eu vou lhe explicar(E penso... que desinformado esse ser proveniente de vida).
Alessandro Zanardi é um daqueles caras que você pode ter certeza que viveu altos e baixos, momentos de glória e de incerteza, momentos em que era "O CARA" e momentos em que estava mais por baixo do que rato de esgoto, um sujeito que tudo que queria era correr e ser notado. Conseguiu tanto um quanto outro.
Surgiu na Fórmula 1 em 1991, mas não fez nada de destaque, aliás, até fez, assim como o fez até 1994, era mais conhecido por suas saídas de pista, acidentes do que propriamente por proezas fantásticas, apesar de ter tido boas participações na F-3000 e nas categorias de base,  tendo disputado o título da F-3 italiana em 1990, campeonato vencido por Roberto Colciago.
Disputou a F-3000 em 1991, vencendo as provas de Mugello e Vallelunga, além de ter feito pole nos circuitos de Pau(leia-se Pô, seu porco mente suja),Mugello,  Brands Hatch, além de ter feito as melhoras voltas em Vallelunga, Mugello e Nogara. Finalizou a temporada na segunda posição, pois o campeão foi o brasileiro Christian Fittipaldi com 47 pontos, enquanto o italiano fez 42 pontos.
Zanardi na F3000, pela equipe Il Barone Rampante



Nomes interessantes que disputaram o campeonato:  Damon Hill, Jean Marc-Gounon, Vincenzo Sospiri, Andrea Montermini, Heinz Harald Frentzen(Amigo do peito do Michael Schumacher, até “emprestou” a namorada que tinha na época ), Karl Wendlinger,  Laurent Aiello, Alain Menu e Alain McNish.
Outra curiosidade. A Forti Corsi, aquela equipe que apareceu em 1995 dizendo que era ítalo-brasileira, mas que não era tanto assim... foi tricampeã da categoria, de 1987 a 1990 da F-3 italiana, com os italianos Enrico Bertaggia, Emanuele Naspetti e o mito Gianni Morbidelli.

Durante a temporada de 91, devido as suas boas apresentações, apesar de ter tido quatro abandonos (Pau, Enna- Pergusa, Hockenheim e Le-Mans) teve seu prêmio, pilotar pela Jordan no fim do ano, já que também o tio Eddie estava procurando alguém para substituir um tal certo Miguelito que tinha assombrado a categoria em Spa. Com isso, o italiano fez sua estréia na categoria no gp da Espanha em Montmeló, que também fazia sua estréia na F1, e o cara não fez feio, terminou a prova em nono lugar, enquanto o mito, a lenda, o ser vivo mor de destruir carros, a dor de cabeça add extremum pra qualquer dono de equipe, Andrea de Cesaris... abandonou.

Na mítica Jordan E191, aquela verde com patrocinio da 7-UP
  
A prova seguinte foi em Suzuka no Japão, onde abandonou, já em Adelaide repetiu o nono lugar, ou seja, em três provas, o nosso amigo foi bem.
Em 1992 não teve um ano pra se dizer que foi proveitoso, foi test-driver da Benneton, mas pra valer mesmo, correu pela Minardi quando substituiu Christian Fittipaldi, de novo fez três provas, Silverstone,  Hockenhein e Hungaroring, não classificou nem em Silverstone e nem em Hungaroring e em Hockenhein abandonou, terminando assim na honrosa anti-penúltima posição no campeonato, atrás apenas de Perry McCarty e Giovana Ammati.
Em 1993 e 1994 correu pela Lotus, mas não fez temporadas completas, em 93 correu 11 vezes e fez um ponto, no gp do Brasil.
Aliás, foi neste ano que até então ele sofreu seu maior acidente, na Bélgica, na Eau Rouge ele simplesmente veio como um louco prestes a se suicidar e conseguiu bater dos dois lados da Eau Rouge, o acidente foi terrível, mas dessa vez o italiano tinha saído inteirinho da confusão, mas convenhamos, deve ter ficado num cagaço danado por um tempo, pois aí não é nem questão de “piloto tem sangue frio”, mas sim de “caralho, quase virei molho de macarrão”.
Lotus 1993.Sim, eu gosto dessa pintura!


Abaixo confira a pancada insana do italiano nos muros da Eau Rouge, e após, confira a entrevista do italiano.
Vale dizer também que a Lotus optou por ter Johnny Herbert como desenvolvedor da suspensão ativa, assim, Zanardi ficou meio que jogado de lado na equipe inglesa.
Outra coisa, depois de Spa 93, Zanardi só voltou a F1 com o campeonato de 94 em andamento, mais precisamente na quinta prova do ano, a de Barcelona, terminando em nono lugar.
Antes de continuar, vale uma ressalva, o ano de 94 foi super tenso pra Lotus, tanto que usou como pilotos, além do italiano e do inglês Herbert, o belga Phillip Adams, o bom piloto português Pedro Lamy, o francês Éric Bernard e o melhor piloto de todos os tempos segundo ele mesmo, Mika Salo(se fosse o Hakkinen até aceitava), e mais ainda, a Lotus usava motor Mugen Honda V10!
Enfim, vamos colocar em miúdos, Alex estreou em Barcelona, quinta etapa do ano e correu até a décima etapa, o gp húngaro, depois voltou na décima segunda etapa, o temido gp belga, “folgou” uma e voltou no gp da Itália, indo até o final do ano, sendo que completou apenas cinco provas tendo como melhor resultado a prova de Barcelona, os outros resultados foram abaixo disso, sendo o pior deles o décimo sexto lugar no gp da Europa em Jerez(O que foi aquela chicane sem vergonha que fizeram? Só não foi mais insosso do crime que fizeram em Spa).
Terminado o ano de 94, a Lotus, como ato de misericórdia resolveu se unir a equipe Pacific para 1995, já que pasmem... a equipe não tinha dinheiro nem pra comprar peças e em Adelaide os dois carros abandonaram... não preciso dizer que nosso herói ficou sem carro para 1995, mas acho que mesmo que pudesse, correr pela Pacific seria um fiasco total, pois o carro era bem ruim e o motor Ford não era lá essas coisas, tanto que a equipe vivia se pegando com a... Forti Corsi, ganhava pois além do carro mais leve, usava câmbio borboleta e a equipe rival foi a última da história da F1 a usar câmbio de alavanca, além do carro ter sido uma banheira com rodas.


Se pegar foto do carro de 94 da Lotus, vão ver que é parecido, claro, sem contar as mudanças de regulamento.
Zanardi viveu um ano fora dos holofotes(que já não tinha muito mesmo) em 1995 fez corridas de turismo, até que no fim do ano um yankee branquelo gorducho resolveu dar um puta tiro no escuro e contratou nosso amigo comedor de pizza... falo do Chip Ganassi, o figura resolveu dar um assento de seus carros ao piloto, e duvido que não tenha sido sua grande cartada na história.
Enfim... lá foi Alex se mudar de mala e cuia para as pistas americanas, um terreno diferente do que ele estava acostumado, em vez de Michael Schumacher, Frentzen, Hakkinen, Lagorce, Katayama e Inoue, ia enfrentar gente do naipe de Al Unser Jr, Michael Andretti, Jimmy Vasser, Hiro Matsuhita, Charlie Nearburg e Arnd Meier.


Chip Ganassi! Parece um tio meu... aliás, acho que todo mundo tem um tio parecido...



Zanardi em terras americanas!






O ano de 96 foi sensacional pro italiano, mesmo não tendo sido campeão, finalizou o ano em terceiro com 132 pontos, viu seu companheiro, o gente boa Jimmy Vasser ser campeão, mas todos sabiam que o ano de 97 era seu... e assim foi.
Antes vamos a um retrospecto da temporada de 1996 da CART.

O campeonato de 1996 começou no oval de Homestead em Miami no dia 3 de março e a corrida de Zanardi durou 82 voltas, pois acabou se chocando no muro com bastante força, mas o italiano saiu bem do carro e adquiriu experiência na sua primeira corrida.
A sorte começou a mudar no Brasil, pois se na F1 ele marcou seu único ponto em 1993 naquela corrida toda doida, pela CART foi muito mais além e marcou a sua primeira pole-position, deixando uma impressão fantástica de velocidade e agressividade, pois nos treinos era comum Zanardi andar várias voltas seguidas em ritmo forte, buscando os limites do carro e de si mesmo. Na corrida terminou em um ótimo quarto lugar, pois se em Homestead não tinha conseguido fazer muita coisa, em Jacarepaguá deixou uma ótima impressão, tanto que em uma entrevista ao SBT, Zanardi disse que só naquele fim de semana tinha recebido muito mais atenção do que em toda a sua passagem pela Fórmula 1, mal sabia ele que as coisas só iam melhorar...

Sua primeira vitória foi avassaladora, no sinuoso e molhado gp de Portland no estado de Óregon, a prova começou com Sol, mas aí caiu uma chuva média, só que o suficiente para vários pilotos trocarem os pneus, mas só que esse suficiente pra molhar, não foi o suficiente pra se manter molhado por muito tempo, Zanardi jogou certo e venceu a prova, saindo da pole-position e fazendo volta mais rápida, não dando chance aos rivais, aliás, nessa prova ficou claro como os pilotos americanos na época não eram muito chegados a pilotar na chuva. 
Al Unser Jr e Alex Zanardi... Al Jr foi quem ficou mais tempo com os pneus de chuva, só que a mãe natureza foi impiedosa e deixou o excelente piloto a míngua com os pneus

Em Cleveland, no aeroporto de Burke Lakefront, tivemos uma das corridas mais espetaculares da história, não tão foda quanto a de 95, corrida que aliás eu recomendo de pé junto... não sou do tipo que acha a F1 um porre com KERS + Asa móvel, pelo contrário, mas se você é do tipo que quer ver disputas insanas, procure no youtube e delicie-se, mas vamos a 1996.
Jimmy Vasser fez a pole, mas quem tinha a mão do circuito era Gil de Ferran, que quase venceu a prova do ano anterior(não conto o que houve), e em 1996 ele dominou a prova, mas optou por uma estratégia de uma parada a menos, enquanto Zanardi fez a estratégia normal de paradas. No trecho final, o piloto do carro da Chip Ganassi fez uma parada e Gil seguiu, tudo parecia calmo e tranqüilo na equipe de Jim Hall, porém o brasileiro começa a reduzir seu ritmo e o italiano começa a andar insanamente fazendo volta mais rápida em cima de volta mais rápida, se aproximando de forma absurda, lembro que Téo José e Dedê Gomez comiam as unhas de nervoso, o autódromo ia nesse embalo e eu também,  e a duas voltas do final travam um duelo absurdo onde Gil chega a perder a liderança, mas em um movimento de muita maestria e contando com um erro do italiano consegue recuperar a ponta e não perdeu mais... se você não acredita, confira abaixo o duelo maravilhoso dos dois.

Confira o final da prova abaixo com transmissão do SBT!

Aqui você confere o GP de Cleveland pela transmissão americana. Parte 1 de 7
http://www.youtube.com/watch?v=eQaUfrbgguM

Largada em Cleveland.

Zanardi ainda venceria a prova de Mid-Ohio, sendo que fez as poles em Mid-Ohio, Elkhart Lake, Vancouver e Laguna Seca.

Ah... Laguna Seca, um circuito lindíssimo mas que é mais Mickey Mouse, só que o “corkscrew” ou saca-rolha compensa qualquer coisa... tão foda quanto a Eau Rouge, tão foda quanto o Carrossel de Road America, tão foda quanto a subida de montanha e também a descida em Bathrust... enfim, uma curva absurda, aliada a uma descida monstrousa... o equivalente a um prédio de vinte andares, teve o seu lance mais colossal nesse ano, e com Zanardi como protagonista...
Veja a foto acima, ta vendo aquele carro branco e negro com patrocínio da Shell? Pois é, eu acho a pintura linda, é da equipe Rahal, foi pilotado por Bryan Herta, vale dizer que em 96 a equipe usou motor Mercedes, o que interessa é que Bryan liderou a corrida inteirinha com Zanardi ali em segundo, até que na última volta...



Um lance cruel pra ser sincero, pro Bryan Herta foi desmoralizante... enfim, veja o vídeo e entenda a razão.

E assim foi 1996 para Zanardi, para quem passou de 92 a 95 na merda, imagino que a sensação em algum momento do ano foi “Caralho... eu devia ter vindo pra cá antes!”, mas sou do tipo que crê em momento, você estar no momento certo, na hora certa, e isso aconteceu com Zanardi na CART na sua primeira passagem, nem preciso dizer que foi campeão de novatos, algo que os americanos valorizam muito, o chamado “rookie of the year”, e de sacanagem eu vou por aqui a tabela de classificação final do “c.n”
1 – Alex Zanardi – 132 pts Chip Ganassi
2 – Greg Moore – 84 pts Forsythe (Teria ido bem melhor se tivesse corridor mais com a cabeça em vez de sair batendo em tudo e todos, apesar da estréia assustadora em Homestead e Nelson Piquet ter apostado que Moore venceria a prova, foi inconstante demais... ah e na prova do Rio, Moore foi segundo)
3 – Mark Blundell – 41 pts Pacwest(ficou for a de três provas devido ao acidente em Jacarepaguá, por sorte saiu vivo pois se tivesse acertado o carro do seu companheiro Maurício Gugelmin...)
4 – Jan Magnussen – 5 pts Hogan Penske(substituiu Emerson Fittipaldi após o acidente do brasileiro em Michigan que o retirou das pistas)
5 – Pj Jones – 4pts All American Racers (Filho da lenda Parneli Jones, o Parneli Junior Jones fez um campeonato discreto...)
6 – Maximiliano Papis - 4pts  Arciero(Fez poucas corridas pela Footwork na F1 em 95 e foi pra CART após o falecimento do Jeff Krosnoff)
7 – Richie Hearn – 3pts  - Della Pena (Fez apenas três provas e conseguiu marcar pontos logo na primeira prova que participou em Long Beach, terminou por exemplo, com a mesma pontuação do Hiro Matsushita que fez a temporada completa, mas tanto piloto, quanto equipes estavam divididos entre a CART e a IRL, teria sido um grande piloto se melhor aproveitado, já que em 97 e 98 andou bem com um carro limitado).
Sem pontos temos Jeff Krosnoff, que faleceu em Toronto em um acidente em a responsabilidade vai pro Stefan Johanson que o fechou no fim da reta oposta no fim da prova, Michel Jourdain Jr que estreou com 19 anos, sendo o mais jovem piloto a estrear na categoria e como melhor resultado teve um décimo sexto lugar na prova de Vancouver (não tenho certeza se Marco Andretti bateu essa marca) e o apagado Frederik Ekblom que só correu US500.

Classificação final do campeonato 1996 da CART World Series
1-      Jimmy Vasser – 154 pts – Chip Ganassi
2-      Michael Andretti – 132 pts- Newman-Haas
3-      Alex Zanardi – 132 pts– Chip Ganassi  
4-      Al Unser Jr – 125 pts (Vale ressaltar… Al Jr não venceu nenhuma corrida no ano, mas foi campeão em pontos nos circuitos ovais. A última vitória do Little Al foi em Vancouver 95).
5-      Christian Fittipaldi – 110pts – Walker (Seu companheiro, Robby Gordon teve um ano pra lá de maluco, terminou apenas na décima oitava posição com 29 pontos).




Parte 1 concluída! Ou seja, do ostracismo da F1 ao começo pra lá de avassalador na CART 96! A parte
2 do texto vem com suas peripécias nos próximos anos da CART! Não perca no blog VOLTA VOADORA!

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