domingo, 26 de agosto de 2012

E SE? Alessandro Nannini Parte 2.


Eis que logo após o pódio da Espanha a F1 recebe a terrível noticia. Além da pressão por causa do acidente de Martin Donelly em Jerez, Nannini sofrera um acidente de helicóptero. Estaria indo a casa de campo de seus pais, mostrar o novo Helicóptero. Segundo o que foi divulgado a época, um problema no pouso fez o helicóptero bater de traseira no chão e Nannini foi arremessado, tendo o terrível azar de cair em cima de um dos rotores;Todo mundo aliviado por saber que o italiano de Siena estava vivo. Porém Briatore recebe uma notícia não confirmada que o piloto teria sofrido uma lesão seríssima. Não se sabia o que era até que a confirmação chega: o piloto tinha sofrido uma amputação do braço direito. A cena, ainda por cima, foi presenciada por seus pais, que foram decisivos para que o italiano tivesse o seu braço reimplantado. Levado ao Hospital de Careggi, em Florença, o piloto passou por 10 horas de operação, e teve o braço reimplantado. Porém, a noticia profissional era a pior: Nannini estava fora da F1. Isso era 13 de outubro e a Benneton tinha 5 dias para conseguir um substituto para o Italiano...
Mas E SE? O helicóptero não tivesse caído?
Modelo do helicóptero que ocorreu o acidente.



















Olha só como é incrível essa história de tentar inventar, ou reinventar o caminho...
Vamos escrever conforme a NÃO QUEDA do aparelho:
Nannini disputaria normalmente os Gps do Japão e da Austrália de 1990, e não veríamos essa cena emocionante....
Uma das imagens mais marcantes da história da F1.











Apesar do interesse da Ferrari, Nannini ficaria na Benneton em 1991, pois Jean Alesi impressionou mais ao Claudio Lombardi, então diretor da Ferrari na F1, e levou o francês da Tyrrell para lá além de um chassis novinho em folha para a coleção de Frank Williams; que também tinha um pré contrato com o Francês. 
Onde Moreno estaria em 1991? Provavelmente estaria recebendo por esses serviços lááá de 1987 que não lhe foram pagos...














E Roberto Moreno provavelmente estaria se arrastando nas Coloni ou AGS da vida, até porque Henri Julian lhe devia algum dinheiro e poderia alugar um Cockpit ao brasileiro, para pagar a dívida adquirida láááá em 1987; 
Com Nannini na Benneton, e andando no ritmo que estava, não haveria pressão da Mercedes para colocar na equipe um certo Michael Schumacher em Monza; (que aliás só estreou por causa de uma patacoada do Betrand Gachot com spray de pimenta...)
Não veríamos isso...

....muito menos isso!!!



Porém em 1992, a chance brilharia. Prost cansou dos FNM que a Ferrari havia lhe conseguido (palavras dele mesmo...) e fora demitido! Ao Invés de Ivan Capelli, Alessandro Nannini assumiria o rabo do Foguete, ao lado do cara que lhe tomou a vaga de 1991, Jean Alesi! 

Seria assim a apresentação de Nannini em 1992?
Provavelmente esse seria um dos destinos de Ivan Capelli...







Ao meu ver, Nannini se sairia bem melhor que Capelli, que teria ficado na semi falimentar March, ou no máximo em equipes do nível de Tyrrell, Venturi (antiga Larrousse) ou Dallara... Em 1993, seguiria na Scuderia de Maranello, mas teria proposta para voltar a Benneton, que em 1994 seria uma das grandes equipes da temporada, ficando por lá até o fim da sua carreira, em 1996.
Detalhe que notei: A carreira de Jean Alesi também estaria ligada diretamente a de Nannini... Mas essa é outra história...

Essa imagem existiria na realidade de competição, não de teste!










E aí o que acharam?
Comentem a vontade!
Abração
Roberto Taborda
@roberto_f183

sábado, 25 de agosto de 2012

E SE?


Olá pessoal tudo bem?
Olhando hoje a tarde o programa Deu Olé! na Bandeirantes( muito por causa da Paloma Tocci...) vi um quadro muito interessante que acabou motivando a coluna de hoje;
No programa tem o quadro Efeito Borboleta, onde eles mexem em um detalhe de um fato importante de algum jogo geralmente final de campeonato, e com isso desencadeia um efeito dominó de fatos que poderiam tem mudado por causa de um detalhe;
Na semana anterior tinha sido o jogo Grêmio x Portuguesa, e nesse fim de semana os milímetros dos dedos de Ronaldo Giovanelli, goleiro do Corinthians em 1993, que tocaram em uma bola que era uma cobrança em dois toques...
E o que isso tem a ver com automobilismo? Uma das coisas que mais discutimos em Foruns pela internet inteira (ALIÁS, A INDICAÇÃO DO VOLTA VOADORA É O www.forumdownforce.com.br ONDE EU E O DUHÍLIO POSTAMOS A ANOS!) é o famoso E SE...
Sempre dizemos que SE não existe,porém é muito legal  ficar viajando em detalhes que acabam acontecendo por causa de uma mudança de rumos.E os assuntos são os mais variados. Por isso, de vez em quando, vou escrever um novo E SE? E vocês aí, julguem se ficou legal ou não, se viajei demais, etc,etc, etc...
O E SE? De hoje tem um personagem que tinha um grande futuro na F1 no fim dos anos 80: Alessandro Nannini.
O italiano Alessandro Nannini começou a sua carreira na novata Minardi Motori Moderni Turbo, em 1986 ao lado do crash test Andréa de Césaris. Nos carros azul escuro ( SIM! Você leu certo, os Minardis eram AZUL ESCURO, NÃO PRETO, NO INICIO!) da simpática e saudosa equipe de Faenza, hoje representada pela Toro Rosso. Como era de se esperar, o italiano teve inúmeros problemas com o carro, confiabilidade,erros, enfim algo normal para um iniciante numa equipe pequena de fim de grid de um F1 no fim dos anos 80. Nessa temporada o seu melhor resultado foi um 14 lugar na prova do México, alias, a única em que acabou...
Estréia na Minardi, 1986



Em 1987 a coisa não melhorou muito, e dessa vez acabou três provas apenas, Hungria, Itália e Portugal, tendo dois 11 lugar como melhor resultado, pilotando na equipe ao lado do espanhol Adrian Campos.
Em 1987, de 16 provas, apenas 3 terminadas.


Porém, chamou a atenção de Lucciano Benneton, então proprietário da equipe de mesmo nome, lançada do espólio da Toleman, em 1986. Aliás, Nannini fora piloto de testes da equipe em 1985. Na temporada 1988 o italiano estreava na equipe, sendo companheiro do belga Thierry Boutsen ( Outro que vai render um bom E SE? Logo logo...) Fez uma temporada muito agressiva, com muitos erros, mas com grandes momentos, como a ultrapassagem em Nelson Piquet na La Source onde induziu o então campeão mundial a errar a freada da famosa primeira curva de Spa.Pena que foi desqualificado dessa prova por problemas no combustível. Mas esse fato não manchou a grande temporada dele,com pódio na Inglaterra e na Espanha. Terminou a sua primeira temporada de Benneton na décma colocação com 12 pontos;
A frente de Senna em 1988.


1989 começou até que bem para o italiano, porém em San Marino durante os treinos, tomou um belo susto, ao bater rodas com Andrea de Césaris um pouco antes da Villeneuve e sofrendo uma bela pancada.Na prova foi terceiro colocado, primeiro pódio no ano ainda com o carro de 1988. Nesse ano, o italiano teve como companheiro o inglês Johnny Herbert, que andava de muletas no começo do ano graças a loucura de Gregor Foitek na F3000, que promoveu uma pancada coletiva em Brands Hatch e apartir da prova de Silverstone  o Francês Emanuelle Pirro andou na equipe também... Nesse ano ele teve quatro pódios, inclusive com a única vitoria em sua carreira, porém sem receber a bandeirada (Outro E SE? Futuro..) no Gp do Japão. Os outros pódios foram em San Marino, Inglaterra( Novamente, andava muito bem em Silverstone) e na Austrália, numa prova aquática!!!! Terminou a temporada em sexto com 32 pontos.
1989 veio a primeira vitória e grandes desempenhos como no dilúvio na Austrália


Bom, em 1990 as coisas pareciam encaminhar a carreira dele. A Ferrari, sem títulos desde 1979, estava de olho nele. A experiência com Michelle Alboreto não deu certo, porém por muito pouco o Marroquino não ganhou o título de 1985, e a Scuderia sabia que a culpa era sua, pela pouca confiabilidade de seu bólido. Era a estrela Italiana da vez. Estava na sua melhor fase, tinha como companheiro o tri campeão mundial Nelson Piquet, e era bem administrado por Flavio Briatore (?) Se tornando um piloto rápido, e com resultados. Quando recebeu o novo carro, o modelo B190, foi pódio de cara em San Marino. Depois disso foi pódio na Alemanha e na Espanha, teve um belo duelo com Senna em Hungaroring. Infelizmente esse pódio na Espanha ficou marcado por todo o sempre em sua carreira... Porém alguns fatos começaram a mudar a visão da Scuderia...
Infelizmente esse seria o ultimo pódio, com Prost e Mansell da Ferrari em Jerez, 1990.



E aí começa efetivamente o nosso E SE? Que amanhã você verá no VOLTA VOADORA!
Abraços!
Roberto Taborda
@roberto_f183

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sem sustos pessoal...

Pessoal aviso aos navegantes: O blog está em plena construção ( ou reforma...);

Eu e o Duhílio estamos estudando layout, forma de fotos, vídeos, e provavelmente nos próximos dias o blog estará "mutante".

Mandem também as suas impressões;

Abração

Roberto Taborda
@roberto_f183

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Férias frustrantes...

1Estados Unidos GP dos EUA10 de MarçoPhoenix
2Brasil GP do Brasil24 de MarçoInterlagos
3San Marino GP de San Marino28 de AbrilÍmola
4Mónaco GP de Mônaco12 de MaioMonaco
5Canadá GP do Canadá2 de JunhoCircuit Gilles Villeneuve
6México GP do México16 de JunhoHermanos Rodriguez
7França GP da França7 de JulhoMagny-Cours
8Reino Unido GP da Inglaterra14 de JulhoSilverstone
9Alemanha GP da Alemanha28 de JulhoHockenheimring
10Hungria GP da Hungria11 de AgostoHungaroring
11Bélgica GP da Bélgica25 de AgostoSpa-Francorchamps
12Itália GP da Itália8 de SetembroMonza
13Portugal GP de Portugal22 de SetembroEstoril
14Espanha GP da Espanha29 de SetembroCatalunya
15Japão GP do Japão20 de OutubroSuzuka
16Austrália GP da Austrália3 de NovembroAdelaide

Ninguém aguenta mais essas férias da F1... Tem que inventar inúmeros assuntos, ler inúmeros absurdos (viram sobre o ranking que colocou o Massa e o Bruno abaixo do Ricciardo nessa temporada? eu li o título e cliquei em PULO...)
Pois então: Lembro dessa temporada acima, 1991, com muito carinho. Obvio que muitos que sabem que sou Sennista dirão que lembro de tal temporada pelo Tri Campeonato. Também. Talvez seja o principal motivo. Mas o que me faz citá-la hoje, é pelo calendário que considero exato, que aquele ano tinha;
Se não vejamos: O campeonato começava em 10 de março. Para mim, do Rio Grande do Sul TCHÊ, é uma data excelente, começo de outono, e ainda mais com uma prova nos EUA. Eram cinco da tarde, também conhecida como 17 horas, quando a F1 começava a sua peregrinação por 15 países, considerando que San Marino é na verdade em Ímola na Itália...
O que mais me chama a atenção é a forma de distribuíção do calendário: Começa nas Américas, do Norte e do Sul (Sim prefiro a prova Tupiniquim em Março...) Três semanas de parada. Todo mundo cansado com os testes de pré-temporada e mais as provas fora de casa...A volta para a Europa, via Ímola e Mônaco, a volta a América e depois a temporada européia bruta, com a sequencia Infalível, que todos tinhamos na ponta da Lingua: França, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Bélgica,Itália, Portugal e Espanha; Essas com muito mais charme até mesmo pela expectativa das mudanças nas pinturas por causa da proibição do tabaco (sim novamente, eu tinha 8 anos na época e pintava os carros com patrocínio e sem...)
O professor Alain Marie em Phoenix. Segundo Lugar para ele!!!

E aí a famosa parada de três semanas, era a segunda da temporada. Para que todo mundo descansasse o suficiente para enfrentar 40 dias fora de casa com Japão e Austrália.

Desse calendário apresentado, saliento que Magny Cours e Barcelona eram estreantes. O resto era conhecido e reconhecido da F1. A mais nova fora o circuito francês do quintal de Guy Ligier,e o circuito que era considerado padrão e espetacular na Catalunya,(que coisa não??)  era Phoenix, que estreara em 1989. Mas provas de rua sempre foram o foco nos EUA naquela época, vide Dallas(tá tá, aquilo nem dá para chamar de circuito...), Detroit (meu favorito)...
Os italianos da Jordan em Suzuka 1991; Pode to be?


E lendo esse post, comparem com hoje em dia. Tem a questão Tilkódromos. Sim, mas o Hermann Tilke faz o que a FIA e sua patota redigem como circuito para F1. Ele é o menor culpado disso tudo. Mas não é no mínimo triste acordar na madruga para ver o TL1 do GP da Índia? Ou então lembrar do circuito inacabado da Coréia em 2010?

O crescimento técnológico e financeiro da F1 cria essas aberrações; Temos que conviver com ela. E aguentar essas 4 semanas de férias justíssimas para o pessoal do circo lembrando que teremos ainda Coréia, Índia, abu Dhabi (????) para aguentar. E o pior. Um calendário que faz com que termine a temporada no fim de Novembro!!! é muita prova para pouco tempo. De Março a Novembro, 20 provas em 8 meses...
Largada do exótico Gp Da Austrália 1991


Com esse calendário apertado, criam-se aberrações de não pode testar, não pode isso, não pode desenvolver em pista, e tals...

Será que algum dia isso irá melhorar? Espero que sim. Gostaria muito de voltar a assistir F1 de duas em duas semanas com alguma lógica de onde assistimos. Pois todo ano ameaçarem tirar Spa Franconchamps ou Montreal do Calendário por Gps na Rússia, Grécia, e tals, não dá!

PS: Aposta: O Gp de Austin termina em no máximo três anos. O de rua de Nova York se sair dará certo....

Abração a todos!
Roberto Taborda
@roberto_f183


Fonte: Calendário Wikipédia
Fotos: Arquivo retirado da Internet.

IL DOTTORE

                                                     
















Ele resolveu voltar a Yamaha... e agora?
     
"Será que minha hora está chegando?"

Será que isso passa na cabeça do "The doctor" nesse segundo semestre deste ano?
E é óbvio que falo de Valentino Rossi e seu momento de decisão, não a curto prazo, mas sim a médio longo prazo e que é a mais difícil na carreira de um esportista... a hora de se aposentar.
Por falar nisso, por outro lado Casey Stoner tomou essa decisão de forma tão abrupta que ainda não caiu a ficha e sei que em milhões de pessoas acontece a mesma coisa e custa acreditar que o aussie vai sair no fim do ano, mas com a sua esposa Adriana(que é brasileira), a filha do casal que se chama Alessandra, as perdas trágicas de Marco Simmoncelli na Malásia no ano passado e a de Shoya Tomiizawa em Imola 2010, o jovem que fará 27 anos no próximo dia 16 de Outubro diz não ter mais paixão em seu anúncio oficial e não vai mais pilotar após o término desta temporada, em contrapartida Rossi é seis anos mais velho, ou seja, nasceu em 1979.
Confira a matéria e o vídeo oficial em que Stoner anuncia sua aposentadoria aqui, créditos ao site australiano "The age".


Comparando ambos, eu vejo uma clara diferença de responsabilidades, Stoner quer cuidar do filho, da esposa, viajar pelo mundo, fazer coisas normais de pai, enquanto Rossi quer ainda mais um ano, pois tem seu prestígio de multi-campeão, quer tentar não sair por baixo, quer tentar quem sabe uma última vez levantar sua estima, sua força, já que declarou também que se no ano que vem não vencer na Yamaha,  nem volta pra 2014 e mesmo após dois anos muito difíceis na montadora italiana, onde foi contestado e claramente desanimado, insiste e quer mais uma tentativa, que provavelmente é a última, no ano que vem, sendo companheiro de Jorge Lorenzo, o mesmo que a montadora japonesa optou por investir e fazendo assim Rossi sair da Yamaha em 2010 e vai voltar com o "pirulito man" mais fortalecido, como campeão de 2010 e reconhecidamente um piloto extremamente agressivo.
                                                             















Parecia que iria dar certo.

Pra quem não sabe, o piloto italiano tem nove títulos mundiais de motociclismo, pilotou nos dois últimos anos pela Ducati, algo que era visto como um sonho, uma montadora italiana com um piloto italiano, mas (a comparação é mega porca mas vou fazer assim mesmo) assim como Ivan Capelli na Ferrari em 92, nada além de um fiasco geral, um fracasso que pode ser explicado e é explicado de forma até bem simples, pois a Ducati não é uma montadora grande como Honda e Yamaha, pelo contrário, é pequena, com poucas vendas de suas motos em comparação com as duas citadas - isso pois não tem mais a Suzuki - pois seu mercado é mais voltado para motos mais potentes, sem contar que Rossi sempre teve tudo montado ao seu redor, seja na Honda ou na Yamaha, sempre teve as coisas a sua maneira, ao seu estilo e quando teve a Desmosedeci 11 montada, deve ter achado que fazendo o seu de sempre bastava, mas não bastou... mas ok, primeiro ano a gente sabe que deve dar um desconto pois não é sempre que se chega numa casa nova e você se adapta, a não ser que você seja o próprio Rossi chegando numa Yamaha em 2004 que parecia estar nas últimas com o mundo o chamando de maluco, pois pilotava pela Honda que era quem mandava no faroeste da Moto Gp  e tinha tudo na mão, o melhor equipamento, o melhor "staff", o melhor conjunto, tudo do bom e do melhor, aí quando foi pra Ducati deve ter pensado "Se fiz uma vez, faço de novo", tanto que a versão 2012 da Desmosedeci, a Desmosedeci 12 não correspondeu muito, até parecia melhorar no começo do ano mas... mais um fiasco, e como Rossi não tem 27 anos como o Stoner, pulou fora.
Coisa que aliás o australiano não gostou nem um pouco e disse que a atitude foi "desagradável" e que não se esforçou em pról da Ducati.


                                                         














Stoner x Rossi - Austrália 2009


  Essa foto só vale se for grande mesmo, pois essa pintura branca é absurda. Usada em Phillip Island 09.

Fiz a comparação com Capelli - Ferrari em 92 e vou comparar mais uma vez ao time vermelho sangue da F1, só que a comparação é um pouco mais adaptável, pois falo de Michael Schumacher agora... foi pra Ferrari em 96 como bicampeão do mundo pela Benneton, tudo bem que em 95 a Williams era mais carro, mas sair de um time estruturado, com Flavio Briatore como Rei da cocada preta, que mandou e desmandou e ir pra uma Ferrari que tava pior que a casa da mãe Joana?
Sim, mas ele não foi bobo, levou Ross Brawn que nem cabelo branco tinha na época, tinha cara de quarentão professor de faculdade que nas horas vagas adora ser hacker na internet, tirou Rory Byrne da aposentadoria, soma-se isso ao fato de já ter um Jean Todt e aí a magia(ummmmm) foi sendo feita, mas não foi do dia pra noite, precisou de um 96 meio sabático pra em 97 disputar o título, mas isso se deu ao fato da Ferrari ter tido condições pra se estruturar(digo, arrumar o puteiro) pra trabalhar decentemente e dar o retorno necessário para que Michael pudesse disputar o título, que só veio no ano 2000, mas daí pra frente, sabemos o que aconteceu...

Ferrari em duas partes abaixo:


Filho italiano ferrarista insano: "Mãe, olha só, eu ganhei um postal da Ferrari... e do CAPELLI!"
Mãe que não está nem aí "Ah... que bom filho"

Depois de um tempo, a mãe lembra do postal no momento da foto abaixo em um telejornal tipo Jornal Nacional, suponhanos que um "Jornálico Naccionali" versão Lasanha quatro queijos.


Mãe olha pro filho com a maior cara de pau e pergunta "Esse é aquele do postal, meu filho amado e adorado?"
Filho "..." e chora na cabine a direita.

Parte dois (sem diálogo idiota)


















PS: A primeira foto é em Melbourne, abertura do ano 2000 da F1, já a segunda, em Suzuka no Japão, na decisão do campeonato e nem preciso dizer o que aconteceu.

                                                           

Acima falei de Rossi ter tido por anos de sua carreira as coisas feitas a sua maneira, o que não é demérito, pois isso foi conquistado devido ao seu talento, a sua condição de piloto agressivo e ao mesmo tempo técnico, soberbo, soberano, pois por quantas vezes Rossi lá na época da Honda / Yamaha era cruel com seus adversários? Chegava ao cúmulo de passar várias voltas em segundo lugar "cozinhando" e aguardando, apenas aguardando, para no momento final, nas últimas voltas, até mesmo na última, como um boxeador que consegue um golpe certeiro, sendo no queixo ou na boca do estômago( golpes que aliás não são nada agradáveis de receber mas que são eficazes em derrubar o oponente), ou seja, apenas uma tentativa e pronto, recebia a bandeirada em primeiro lugar com louvores de gênio, ou quando disputava por voltas a liderança ou segundo, terceiro lugar(não importa), com um ímpeto de dar medo, assim era principalmente com Sete Gibernau, onde talvez tenha vivido seus pegas mais alucinantes, como o gp de Phillip Island em 2004, quando ambos protagonizaram um duelo de tirar o chapéu em que até meu pai, que não é lá muito ligado em motos assistiu com os cabelos em pé. (Sem esquecer Rossi x Stoner em Laguna Seca 08)

O que quero dizer é que Rossi no seu auge foi um piloto capaz de passar por cada situação e saber tirar proveito, seja estando em primeiro com bastante vantagem pro segundo colocado, como tendo que escalar o pelotão andando em ritmo de classificação por várias e várias voltas seguidas, mas isso foi quando tinha um nome forte por trás, uma montadora capaz de ter o retorno financeiro quase que imediato e manter um "staff" onde pode usufruir de toda a infraestrutura possível e imaginável pra fazer o que quiser na "motoca", coisa que nem de longe passou perto na Ducati.

Momento "números e nada mais"

Não vou colocar aqui seu desempenho pela Aprillia na 125cc e na 250cc, apenas os dados da Moto Gp(antiga 500cc), ou seja, desempenho de Honda, Yamaha e Ducati.

Rossi estreou no ano 2000 na antiga 500cc no gp da África do Sul pela Honda, foram dois anos de 500cc, foi campeão em 2001,  nesse tempo venceu treze vezes e fez 534 pontos.

Quando as motos de 500cc saíram e entraram as de 800cc e as 1000, Rossi fez 2002 e 2003 pela Honda, sendo tricampeão, totalizando nos dois anos a marca de 712 pontos com vinte vitórias.

Em 2004 começou sua era na Yamaha e logo no ano de estréia sendo campeão, ficou na montadora até 2010, totalizando a absurda marca de 2071 pontos, com um total de 56 vitórias, uma marca que chega a ser anormal.

No ano de 2011 Rossi foi para a italiana Ducati, no primeiro ano conseguiu a incrível façanha de... um pódio, na estréia no Qatar, foi o sétimo no campeonato com 139 pontos, seguindo neste ano de 2012, Rossi conseguiu outro pódio e ocupa a nona posição com 91 pontos.

Mais uma vez vou puxar o Casey Stoner para esta coluna e vocês vão entender a razão... Stoner pintou e bordou quando andou na mesma Ducati, foi campeão em 2007 e mesmo nos anos seguintes não tendo moto capaz de andar na frente das Honda's e Yamaha's, foi capaz de desempenhos monstruosos, sem contar que vê-lo andando em Phillip Island é um convite a ficar maravilhado com sua atuação, em que parece que é seu último dia de vida andando insanamente, colocando a moto de lado nas curvas e tracionando de forma super agressiva, ou seja, ele teve de se adaptar a Ducati, não a montadora a ele.

Não estou dizendo que Rossi é mimado e Stoner o fodão, não, pois ambos tem uma história rica na Moto Gp, óbvio que a de Rossi é infinitamente maior, afinal, estamos falando de um cara que no seu primeiro ano de classe principal foi vice campeão nas 500cc, sua história vale um livro, só que em compensação eu jamais vou desmerecer Stoner.

O momento de Rossi é de clara reflexão sobre o que fazer, como fazer, de que maneira fazer para 2013 na Yamaha, pois ele chegou a aceitar a condição de ser o segundo piloto, de ser aquele que vai correr em prol da equipe e não de si mesmo, de lutar pelo título, mas de somar mais pontos possíveis para a montadora enquanto o primeiro piloto corre livremente para disputar o título, e se preciso for, o italiano já disse que fará isso pro espanhol Jorge Lorenzo... uma posição estranha em se tratando de Vale.

Eu poderia escrever muito mais mas ficaria dando voltas, voltas, voltas e mais voltas acabando no mesmo lugar, prefiro parar por aqui e esperar ver no que que vai dar, sinceramente quero ver Vale andando na frente, disputando roda com roda as primeiras posições, principalmente a primeira, pois como eu disse no facebook outro dia  quando assinou com a Yamaha"Ele não é piloto de fim de grid", espero mesmo que consiga dar a volta por cima e manter acesa a chama da velocidade, a força de competir e de querer ser o mais rápido, pois foi assim que se tornou o "ILL DOTORE".

E pra realmente fechar e não ficar enrolando que nem bêbado indeciso pedindo sempre mais uma saideira, vai aqui a opinião de quem realmente conhece do assunto deixando sua opinião sobre a ida de Rossi a Yamaha.

Fausto Macieira fala sobre a ida de Rossi a Yamaha, clique aqui.
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Por falar em Moto Gp, saca só o belíssimo cartaz do grande prêmio japonês no circuito de Motegi, adorei o estilo mais anos 80, lembrando que a corrida será dia 14 de Outubro.

domingo, 19 de agosto de 2012

Estréia...

Hoje o Volta Voadora teve um momento histórico. Uma estréia.
Meu amigo Duhilio de Menezes, Carioca hoje morando no interior de São Paulo, começa a mandar as suas impressões, detalhes e afins de automobilismo, ah, e não só de F1!
O Cara é fã da Indy anos 80 e 90, e gosta da Nascar e suas divisões. Vamos aprender muito com ele, podem ter certeza!
Seja bem vindo meu amigo carioca!!!
E para comemorar, uma estréia, de certa forma...
Alguém sabe que "estréia" é essa?

Abração
Roberto Taborda
@roberto_f183



Olá a todos e... "MAIS UMA VEZ PIQUET"


Olá a todos os amigos leitores do blog "Volta Voadora", criado pelo meu amigo Roberto Taborda, a partir de hoje(na verdade ontem), eu, Duhílio de Menezes passo a escrever sobre automobilismo e em breve, como meu amigo gremista já colocou, vem novidades e espero que gostem pois é algo que eu penso a muito tempo e nunca tive como idealizar e numa conversa com o criador deste blog, vi que era algo possível e hoje digo com firmeza que vai acontecer!  Como diz o homem do baú "AGUARDEEEEEEM"

Antes de começar, eu quero deixar uma coisa bem clara, não sou o cara mais sábio do automobilismo, do esporte a motor e nem de nada da vida, também não sou do tipo que não aceita sugestões, erro demais, portanto, desde já eu agradeço a aquele(s) que forem me ajudando, corrigindo, me mostrando mais coisas, acrescentando, pois pra mim, a vida é uma troca de idéias onde aqueles que querem aprender buscam mais e mais, portanto, se eu cometer erros(e vou), peço desculpas desde já.

Bom, já escrevi em outros locais, mas nada sério, desta vez quero fazer diferente, quero realmente poder escrever e poder debater sobre algo pelo qual somos apaixonados, o mundo da velocidade e desde já começo pelo grande fato da semana, o aniversário de 60 anos Nelson Piquet Souto Maior, aquele que entrou pra história não só da Fórmula 1, mas do mundo a motor em geral, seja por ter sido um piloto dos mais técnicos, um mestre da arte de "setupear" um carro de corridas, como pelo seu jeitão debochado, independente de ter gente que o ache mau-humorado(na minha humilde opinião foi um dos caras mais engraçados se não o mais engraçado da F1) é um dos monstros sagrados do automobilismo e é falando sobre tal que faço minha estréia no blog "Volta Voadora".
Quando eu era pequeno, o odiava, depois com o tempo, lendo frases como a clássica que diz que o Nigel Mansell tem duas mulheres feias e tal, fui entendendo, compreendendo esse lado mais escrachado, ainda mais que hoje em dia eu sou assim(não muito).
A história de Nelson, que infelizmente não é tão difundida assim na grande "massa" (Não interpretar Felipe Massa) tem pontos super geniais, como quando campeão do dificílimo campeonato da Fórmula Super Vee em 1976 quando não tinha o melhor equipamento, mas pelo seu conhecimento de mecânica e saber acertar carros, conseguiu se sobressair e levar o caneco, ou no seu começo de carreira na Ensing, disseram "Aposto meu dinheiro, com quem quiser, que Nelson Piquet será campeão mundial em três anos."  dito e feito!!!!!!!









Correndo de Fórmula Super Vê(não sei qual pista é), na foto temos Maurício Chulam, Nelson Piquet e , Alfredo Guaraná Menezes.





Carro da Ensing na estréia em corrida na F1, em Hockenheim 1978, prova vencida por Mario Andretti de Lotus.


Não vou montar e nem é minha intenção fazer uma biografia do cara, mas sim homenageá-lo e sei que isso é muito pouco, mas é feito por alguém, que como o próprio disse sobre si mesmo "Eu tenho mais gasolina do que hemoglobina no sangue", mas vale ressaltar que sua passagem pela Brabham foi sensacional, desde sua primeira vitória no modorrento G.p de Long Beach 1980 até a conquista do bi em 1983, mas vou pular esse pedaço e sei que muitos vão querer me matar, mas é por uma boa causa.

Vamos até sua passagem pela Williams, nos anos de 1986 e 1987, pilotando os magníficos carros FW11 e FW11B, ambos equipados pelos assustadores motores japoneses da HONDA que no ano seguinte iriam para a McLaren e todos nós sabemos no que deu, pois foi uma sequência de 87, não foi de 86 pois não conseguiu ser campeã do mundo, mesmo tendo o melhor carro, perdeu pra McLaren de Alain Prost em um dos gp's mais incríveis e até insanos da história, o sempre maluco Grande Prêmio da Austrália, na época, em Adelaide.


E não só por isso o ano de 86 ficou marcado, mas logo na primeira corrida da temporada felicidade tremenda ao vermos uma dobradinha brasileira no saudoso autódromo de Jacarepaguá, com Piquet como vencedor e Ayrton Senna na mítica Lotus negra da John Player Special em segundo. (Só de imaginar a euforia... pois eu nasci em 1987).


Outro momento, sem dúvida um dos mais especiais da história da Fórmula 1 aconteceu na Hungria, logo no primeiro ano da F1 em Hungaroring, aconteceu uma das ultrapassagens mais belas da história do esporte a motor, definida por Sir Jackie Stewart como um "Looping feito por um Boeing", sim meus amigos, estou falando do duelo Senna x Piquet que resultou naquele drift que coloca qualquer amante de Need For Speed Xuning no chinelo sendo amassado como Barata rezando pra não morrer ali mesmo (E não morre...) sem contar o famoso gesto super amigável após a manobra.


Já em 1987, como dizemos no Rio de Janeiro(saudade das praias...) a equipe inglesa mais "cascuda" veio com um carro igualmente absurdo, com a HONDA ao seu lado e dois pilotos sedentos depois do "mico" do ano anterior.
E o ano de meu nascimento começou de forma dura pro brasileiro, em casa, foi segundo colocado com Prost e sua McLaren Tag Porsche, na prova seguinte em Ímola o momento mais tenso então da carreira, na curva Tamburello chocou violentamente seu carro contra o muro nos treinos, a pancada foi tão intensa que o carro chega a levantar, no domingo Nelson estava comentando a corrida pela tevê italiana, mas sua situação nãoestava boa, a começar por esta frase dita por ele mesmo:  "Depois desse acidente, minha visão nunca mais foi a mesma, e eu perdi uma parte da noção de profundidade", sendo que nem de longe chega no que ele passou pós Indianápolis 1992, aquilo só não o matou por um milagre de Deus, na ocasião, Piquet teve de passar por cirurgias para recuperar seus membros inferiores, tomou doses e doses de remédios(drogas) para suportar as dores, enfim, em um outro post eu falarei deste momento, assim como da sua passagem pela Brabham e outros fatos de sua carreira, prometo, tá? Agora tira o bico e essa cara de bunda e segue a leitura.

Sem dúvidas nosso campeão teve dificuldades não só nas pistas, mas consigo mesmo, teve de se superar pra conseguir o caneco, tendo que usar até mesmo de artimanhas pra chegar a tal feito, e tal feito foi obtido em Suzuka no Japão com Mansell... sendo Mansell, batendo também de forma violenta nos treinos, chegando a desmaiar, com isso, foi vetado a correr e Piquet foi declarado tricampeão de Fórmula 1 e Mansell no máximo o que fez foi pegar o avião e voar para a Inglaterra pois estava com a esposa grávida e nem correr na Austrália foi, o italiano Riccardo Patrese fez sua estréia na equipe substituindo o Leão, que rugiu demais e acabou tendo que miar no fim do ano.
Review da BBC sobre a temporada de 87.
Acidente em Ímola



Melhores momentos do Gp do Japão 1987 - Título de Piquet


Acidente de Mansell em Suzuka - Ímpeto demais... o ímpeto de sempre.

Claro que se aproveitou da fragilidade de Mansell em não saber controlar sua agressividade e correu de forma categórica para um dos títulos mais espetaculares da história, superando a si mesmo e a Williams que queria ver o inglês campeão a todo custo. Em Monza, Piquet passou a usar a suspensão ativa, fez a pole e venceu, na prova seguinte o Leão passou a usar a tecnologia, mas seu desempenho não foi bom, então a Williams tirou com a alegação de que não estava certo do desenvolvimento do apetrecho, sendo que partir daí deixou a equipe deixou coisa ser resolvida entre os dois pilotos. 

Enfim, se quiser mais detalhes, leia textos mais aprofundados sobre esses momentos, garanto que vai saborear cada palavra, imagem, som, enfim, tudo que tiver de ser.


Esses são meus momentos preferidos da carreira do Piquet, eu poderia ter escolhido outros, como sua passagem pela Benneton, suas vitórias como no Japão, Austrália e Canadá, mas repito, não é uma biografia e sim uma singela homenagem a um dos caras mais inteligentes que o automobilismo já teve.


Pra fechar, ontem pela Nascar Camping World Truck Series, Nelson Piquet Jr venceu a prova de Michigan válida pela categoria, como estou sem tevê a cabo eu não pude assistir, mas quem viu diz que foi uma vitória espetacular e sua comemoração foi emocionante, vale lembrar que devido ao aniversário de seu pai, o piloto correu com um capacete com o nome "Piket" pois foi assim que Nelsão começou sua carreira no mundo a motor, escondido dos pais pois seu pai queria que ele fosse tenista. Como sempre digo, tem coisas que não tem como explicar, apenas ver e saborear o momento, aliás, foi tão absurdo, que nos treinos livres o piloto fez nada mais, nada menos do que o segundo melhor tempo da história da categoria no circuito, sendo no vácuo, mas isso não importa.



Capacete usado por Piquet que virou Piket.

Nada mais a acrescentar a não ser muito obrigado, mesmo eu não tendo visto seu feitos ao vivo, o admiro pela sua sagacidade, inteligência, ironia e bom humor mesmo nos momentos mais difíceis.

Obrigado por tudo Nelson Piquet, você é o cara!!!!!!!!!!!


















Duhílio de Menezes.

PS: Meu carro favorito da carreira de Piquet na F1 é este...
Brabham BT 53 motor BMW, não andou muito... pena.
















Bônus: Algo que vou fazer com costume é deixar aqui alguma música, pois eu sou um viciado nisso e não vivo sem ao menos uma vez ao dia ligar alguma coisa que faça barulho de música... e a de hoje é uma OST (Original Sound Track) do jogo Gran Turismo, e como Piquet é Rock and  Roll, nada mais justo, além da versão de Gran Turismo 4, que tem menos teclados, e que é igualmente sensacional.

Kiss you and goodbye (Parece que é Satriani na guitarra com Jon Lord e seu Hammond, lembrando que já tocaram juntos no Deep Purple, pena não terem feito nada fora... acho que teria sido sensacional).





Versão GT1












Versão GT4